quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A música do dia #1

A composição que diz o que sinto hoje, só pode ser esta...

A Via Láctea

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz...
Mas não me diga isso...
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima...
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor...
Mas não me diga isso...
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?...
Eu nem sei porque
Me sinto assim
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim...
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim...
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho...
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser
Quem eu sou...
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...
Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...
 ...

Quantos anos se passaram e isto volta assim. Se for um teste, então cansei-me e quero desistir.
(Luiz R. ~= 02:44 de 29/12/2010)

domingo, 12 de dezembro de 2010

...

Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas  memórias póstumas...

=)

E como se muda o mundo?

Desde minhas lembranças mais remotas, penso coisas gigantescas.

Eu queria ter uma banda de rock! Eu queria falar para uma multidão. Eu falei muitas e muitas vezes para multidões imaginárias. Discursei sobre os mais variados temas. Liderei campanhas, liderei revoltas, resolvi dilemas, semeei acordos, semeei discórdia.

A base de tudo era mudar o mundo! Via na TV um cara cantando "Caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento, num sol de quase dezembro...". Sabia que aquele cara tinha sido mandado embora do país por suas canções, por sua postura. Não entendia o que a música dizia, mas sabia que ela protestava contra aquilo. Em contrapartida, uma canção, quase de amor, dizia "Debaixo dos caracóis dos teus cabelos, uma história pra contar de um mundo tão distante". E tudo aquilo me fascinava. Filmes de guerra e cançoes de amor!

Meus ouvidos eram preenchidos com músicas geniais que questionavam "Que país é este?", ou de alguém que queria se encontrar mas nao sabia onde estava.

E em minha casa, uma guerra particular. Muitos conflitos, muita violência, pouca prosperidade. E eu só tinha alguns poucos anos. Tudo era confuso, não sabia explicar o que era mas sabia distinguir o que era resultado de algo bom ou ruim. Não sabia justificar, mas sabia identificar.

Pintaram-no como o diabo. Pintou-se como o diabo! Apenas 14 anos de vida e muita confusão. Facas foram erguidas, murros foram trocados, sangue escorreu na sagrada casa do menino de apenas 6 anos.

Eu precisava mudar o mundo, de qualquer forma, de alguma forma. Minha mãe chorava, meu pai não me amava como eu precisava. Só via tristeza neste mundo incompreensível. E por que Deus nao me levou em uma das muitas noites terríveis de bronquite aguda?

Eu precisava mudar o mundo. Nasci pra isto. Me formei por isto, evolui pra isto. E nada mudei!


Todos os dias acordo e enfrento minha luta diária contra a mentira, a hipocrisia. Enfrento a todos com a minha verdade, a minha crença. Às vezes sinto-me cercados por zumbis realmente. Nem sempre é fácil encontrar pessoas que pensem se o que estão fazendo, defendendo, realmente é o que deveriam fazer ou defender. Todos os dias me levanto pra provar que o mundo não me mudará e mesmo que eu não consiga mudar o mundo, lutarei pra que ele não consiga me mudar.

Nasci pra ir à guerra, fui preparado na arena mais selvagem que poderia suportar. Vi meus pais se matarem aos poucos, vi meu irmão destruindo uma família. Vi o amor nos olhos da minha irmã. Na pior situação do mundo, ainda somos capazes de ver amor. Às vezes, para sobreviver é preciso fechar os olhos, tampar os ouvidos, cantar uma música alta com os olhos cerrados e cheio de lágrimas. Cobrir a cabeça, também pode ajudar. Algumas coisas nunca passarão! É preciso conviver com elas e tentar ser alguém melhor.

Eu tive todos os exemplos negativos possíveis. Tive ótimos modelos também. Ser um Deus ou um Demônio pode ser apenas questão de perspectiva ou de tempo/espaço.

Às vezes, só queria ter nascido comum, normal. Às vezes, desejei dormir e acordar como um morto-vivo qualquer, aguardando o próximo madrugada de sonhos vãos.

(Luiz Roberto 12/12/2010 ~=00:14)

sábado, 27 de novembro de 2010

#Viagem - Algumas falsas verdades sobre o Brasil

Numa semana em que a violência foi transmitida ao vivo, direto dos morros do Rio de Janeiro para todo o Brasil, como um filme de ação, não tenho como falar de outra coisa que não seja sobre violência. Não vou me alongar muito, mas quero falar sobre uma grande mentira que muitos usam pra justificar a violência no país: o problema financeiro.

Estive recentemente (como relatarei numa data qualquer no futuro) em dois países da América do Sul: Peru e Bolívia. Este último o país mais pobre da América do Sul. Passei por cidades muito pobres, conheci um pouco de dois povos muito sofridos. Com problemas sérios de saneamento básico, sem dinheiro, sem infra-estrutura. Lugares onde não há água durante 1/3 do dia, onde não chove há meses, lugares onde não se tem emprego pra todos. Frio intenso, terras improdutivas, sal, deserto de sal. Sabe o que nasce sob um chão de sal? NADA. E nestas regiões eu, um turista óbvio e reluzente, estive seguro. Em nenhum momento notei qualquer violência ou fui alertado para tomar cuidado com minha segurança. Andei em ônibus durante muitas horas, com pessoas sentadas numa poltrona que deveria abrigar apenas uma pessoa com pouquíssimo conforto. No Brasil, temos MUITAS dificuldades, mas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, o que temos são imagens de algo pré-paraíso se comparmos com alguns destes lugares onde estive. É falso dizer que pobreza gera violência. O que gera violência não é isto. Conheci (e muitos devem conhecer) pessoas extremamente pobres mas que jamais utilizaram o recurso da violência pra conquistar o que precisam.

É mais fácil ser violento, culpar os outros (e com muita razão) do que trabalhar, ir à luta. Acordar cedo, batalhar. Nunca foi fácil, NUNCA SERÁ fácil, mas é possível sair deste ciclo vicioso.

Pobreza não é desculpa. Educação é a solução. Nós, que nascemos pobres, temos que ter garra pra não se entregar, matar muito mais que um leão por dia, caminhar por muitas horas, dormir pouco, entristecer algumas vezes, sorrir outras tantas, mas seguir em frente, acordar e dormir e seguir acreditando.

Nada de jeitinho brasileiro.

Falarei disto mais pra frente...

(Luiz R. ~= 22:17 - 27/11/2010)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

#Viagem - Introdução

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 1 Coríntios 13:11 

Olhei muitas vezes pela janela de madeira lugares que eu jamais poderia conhecer.
Olhei muitas vezes pela janela de papel lugares em que nunca estaria.


Eu dizia em voz alta: "posso tudo o que quiser"! E muitos me ouviram dizer isto. Com a minha inteligência eu chegaria a qualquer lugar que quisesse, ninguém seria capaz de me dizer "você não pode!". Falei muitas vezes  mas sabia que era um mundo muito distante. O tempo passou e a minha fantasia diminuiu, foi se esvaindo aos poucos. A minha realidade estava muito distante daqueles mundos longínquos que via pela TV ou impressos em papéis de livros e revistas.


Muitos anos depois, a realidade amenizou-se, cheguei a lugares onde não imaginava mais. Tive oportunidades de tocar o que não parecia real. Vi montanhas e vales, lagos e mares, geleiras e desertos. Contarei um pouco da viagem da minha vida. Tudo tão grandioso. Viajar o mundo inteiro e perceber que onde quer que você esteja você estará vazio se não tiver aquilo que lhe falta. E todos sabem se lhe falta algo.


(Luiz Roberto ~=18:45 15/11/2010)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quase 2 meses depois.

Há quanto tempo não escrevo aqui?

Não foi por falta de sensações, de pensamentos, de inquietude. Também não sei dizer porque não escrevi.

Às vezes, simplesmente parece não fazer sentido. E nao deve fazer mesmo.

O que houve neste período: muito trabalho profissional, pouco retorno. Muito trabalho pessoal, pouco retorno. O que esperar? Sempre esperamos. O que fazer quando não se recebe o que quer? Desiste? Não, comigo não. Mas é inteligente não desistir? Depende! É inteligente persistir, mas não é inteligente ser persistente no que não vale a pena! Mudar o foco, o eixo não é desistir, é desviar! Como a água!

E o que dizer sobre a chamada "evolução" da espécie? Será mesmo que há este evolução? Será que a evolução está naqueles que pensam, naqueles que se questionam, naqueles que questionam as ações gerais?

Não desistir, persistir, acreditar. Dar um voto de confiança à minha crença e não à minha descrença. Este precisa ser meu compromisso. O foco das minhas indagações, evoluções são sempre sobre as coisas ruins que vejo (e não sao poucas) mas se sou um "revolucionário" então é óbvio que ainda acredito. E se acredito é preciso dedicar forças para isto, para que tenhamos resultados. Não adianta ver o que há de ruim apenas, pois não estou aqui para descrever desgraças e sim para combatê-las! Será este o tal do "bom combate"? Talvez o MEU bom combate!

Sempre em frente. Há muito o que fazer. Nunca foi fácil, nunca será fácil. Estou fadado ao sofrimento, mas terei força e paciência para ver crescer a semente plantada. Este mundo não é o meu mundo. Não estou no tempo onde deveria estar, mas devo ser um instrumento de transformação.

Cansado...

(Luiz Roberto - 27/10/2010 ~=22:28)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Filme para a semana #2

Depois de tanto tempo, uma 'postagem' rápida e sobre um filme que não é novo. "A Corrente do Bem".

Assisti este filme novamente neste final de semana. Procurei-o para assistir. É ficção mas só é uma ficção pois assim o vemos. Acredito, por mais absurdo que pareça, que a idéia do filme pode ser multiplicada.

Fica a dica e prepare os lenços.. hahaha

sábado, 19 de junho de 2010

Livro da Semana #1

Assim como citarei filmes, também os farei com livros, discos e qualquer outra coisa que acredite valer a pena recomendar.

Como nunca gostei de ver alguém sendo homenageado, lido, ouvido, aclamado ou qualquer outra coisa depois que morre e também como nunca gostei de ser óbvio, não citarei um livro do José Saramago. Minha recomendação é para outro grande gênio: o filósofo Jean-Jacques Rousseau! A obra: "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens".

Li este livro há uns 6 ou 7 anos. Um pequeno livro, um discurso realmente. Baseado nele, desejei criar um Trabalho de conclusão de Curso completamente diferente sobre tudo aquilo que meus colegas de faculdade de tecnologia pensavam fazer. Houve empolgação por boa parte das pessoas e professores, mas não o escrevi. Quase arrependo-me...

Uma das idéias mais brilhantes que alguém já reproduziu em palavras foi algo como "a desigualdade entre os homens surgiu quando o primeiro homem criou uma cerca e disse 'isto é meu'". Evidentemente que nao está descrito assim no livro, mas simplificadamente, foi isto.

Vale a pena conferir e interrogar-se!

Mais um dos grandes se foi

A finitude é clara. Os motivos não são. Mais uma vez, alguém se foi cedo demais. Não tão cedo quanto outros, mas alguns deveriam viver mais do que outros. Dizem que estava escrevendo uma nova obra. E fico pensando o que teríamos desta vez? Li que a Igreja Católica, noticiou sobre sua morte chamando-o de "populista extremista". Se a igreja se incomoda até com a morte de um escritor, então é porque este homem era importante. Não ruim! As pessoas, muitas vezes, confundem ser malvado com ter opinião! E não estou aqui defendendo as opiniões, mas a liberdade de pensamento! Sou um pensador-livre, tentando manter-me livre dos dogmas, livre dos pré-conceitos, e com isto, admiro aqueles que pensaram antes de afirmar. José Saramago, o autor de um dos livros mais próximos daquilo que penso da raça humana morreu. Aquele velho jargão parece fazer sentido: "vai-se o homem, cria-se o mito". Acho que ele não gostaria disto. Ou será que gostaria? Sei lá. Não me importo. Importa-me afirmar que os gênios estão morrendo e novos gênios não parecem nascer. Centenas de pessoas especiais se foram, mas outras centenas chegaram, só que nosso mundo parece não fabricar pessoas especiais, não no mesmo ritmo em que elas se vão! Será que isto tem a ver com a falta de espírito são que tomou conta de nossos contemporâneos?
Talvez você estranhe minha forma de escrever aqui. De alguma forma, desejei escrever este texto como ele escrevia seus livros: sem separação, sem descanso, como a vida vivida e não a vida contada. Nossos diálogos não são assim: um termina sua fala para só assim o outro iniciar a sua! Nossos diálogos são caóticos, confusos, onde quem fala mais alto é mais ouvido ou quer se fazer ouvir, forçosamente. Evidentemente que não tenho a pretensão de me comparar, apenas de homenagear. E como não estou dialogando com ninguem além de mim mesmo, não tenho como criar diálogos intensos, confusos, misturados.

Obrigado José. O fim chegou pra você, já que somos aquilo que acreditamos. Não havia Deus pra você então não devia haver um "além da vida", mas há algo que sempre se manterá: as obras! Sejam elas escritas, pensadas, desenhadas, não-terminadas. Enquanto houver um pensamento, haverá alguma vida. Nunca precisarei conhecer a verdade se nela, de alguma forma, eu já acreditar...

(Luiz Roberto 19/06/2010 ~=22:42)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Filme para a semana # 1

Filme da semana # 1: Invictus
(Morgan Freeman, Matt Damon)
Autor: Clint Eastwood

Pra mim, o filme demonstra a inteligência de um grande homem contemporâneo: Nelson Mandela! Não é uma biografia direta, pois o foco é direcionado ao campeonato mundial de Rugby que ocorreu na África do Sul após Mandela se tornar presidente do país.
Muitas vezes, parece-nos que os grandes feitos, ocorrem apenas em filmes de ficção ou em alguma história de um passado distante. O fato é que a história está passando todos os dias por nossos olhos. Grandes homens e mulheres estão passando por nós, todos os dias e não estamos nos dando conta.

Com relação à obra, Morgan, mais uma vez, realiza um interpretação espetacular!

Mandela é um grande ser humano. E este filme é a minha indicação da semana.

É isto!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Algo está faltando

Sei que algo não está como precisaria estar
Há algo fora dos eixos
Algo falta, algo não se encaixa, algo sobra.

Procuro aqui e ali,
identifico um culpado!
O tempo passa, o culpado também
A culpa fica.

Às vezes acordo e sinto que deveria pegar minha mochila
Sair andando por aí.
Esquecer o carro, o emprego, o dinheiro, minhas ambições vãs
Andar.

Andar, vislumbrar, escrever.
Fugir, talvez?
Não. Não é fugir, é procurar!
Procurar não é fugir, procurar é deixar de fugir pra se encontrar.

Deixar de se esconder atrás das formalidades que o mundo nos impõe.
Você precisa casar, precisar encontrar alguém.
É preciso comprar sua casa, ter seus filhos.
- É assim, meu filho, você precisa seguir o fluxo, ser como todo mundo pra ser feliz.

(não posso continuar escrevendo...)

(Luiz Roberto - 08/06/2010~=00:25)

domingo, 30 de maio de 2010

Eles sempre voltam pra mais um susto... às vezes mais do que uma vez

A vida é irônica...

Não consigo entender o que me faz ter você na minha cabeça depois de tanto tempo. Talvez seja trauma. Algo não assimilado, com certeza.

Algo me incomoda em mim mesmo: o tempo que levo pra aceitar as coisas.

O tempo é algo relativo realmente. Pra mim, o tempo todo, nem sempre parece tempo o suficiente. Gostaria que isto fosse diferente, que fosse capaz de, simplesmente, dar um passo seguinte!

O telefone toca, abaixo os olhos, um nome me assusta. Silencio o aparelho e sigo adiante na estrada, mas dali pra frente, minha cabeça não estaria me nenhum outro local, situação ou pensamento: meu pensamento era sobre o telefonema que, por causa da educação e gentileza, retornarei. Retorno ou não retorno? No fundo, já sei a resposta mas um dilema é sempre 'bom'.

Estaciono o carro, seguro bolsas, aguardo instantes e subo apressado. Dois ou três toques no aparelho que me tortura sempre e um barulho... segundo barulho... terceiro barulho e... "Alô?"

- Oie...

Incrível como algumas pessoas mexem conosco. Sou tão seguro de mim, são soberano, mas ela me faz parecer um menininho tolo. Não, não é amor, é DOR!

Acho que o amor, não causa isto, a dor sim. Como todo animal que, castigado, sente calafrios ou foge de medo, sinto todo um processo quase desesperador. É como antes? Não... mas não é algo 'normal'.

Sua voz é a mesma, talvez mais serena. Seu sofrimento não me dá prazer. Não posso dizer que torci sempre pra que estivesse feliz com as escolhas. Até porque sempre soube que apostou no impossível, mas o impossível às vezes acontece, certo?

O fato é que tudo segue em frente e eu não sigo. Até você seguiu em frente!!! E, pelo que me diz, sofreu muito. Talvez, como me disse, tenha pago por todo o sofrimento que causou, mas e como fico? Será que é pior sofrer ou pior é não sentir nada?

Na verdade, acredito que o pior é não querer se arriscar! Porque isto te livra do óbvio e provável chance de dar errado, mas te impede de sentir o que faz a vida fazer sentido: ESPERANÇA...

Acho que não terei uma noite tão boa... não sei se um dia te verei de verdade. Tudo o que vc acha que eu possa querer lhe dizer, já disse infinitas vezes com a você "imaginária" que me acompanha nas minhas conversas solitárias e incrédulas...

Não há como ter um 'fim' pra este texto... ele precisa, simplesmente acabar! Sem motivos, sem conclusões, sem justificativas. Na vida real, fora dos textos, livros, jornais, a vida acontece assim: sem um fim, sem começo, meio e fim... tudo acaba de repente, pela metade. Um rompimento com os contos...

Luiz Roberto (30/05 ~= 22:30)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Música: Decepção...

Umas das minhas maiores decepções com relação a uma banda de rock é com relação ao Queen. Não há dúvidas da qualidade musical de todos os integrantes. Freddy era um grande vocalista além de ter um domínio de palco como poucos. Fizeram músicas fantásticas, dentre elas, a fantástica "Bohemian Rhapsody": uma mistura de rock com ópera inacreditavelmente bem sucedida.

Hoje comprei um DVD (já tinha outros dois) chamado "Ao vivo no Rock in Rio 1985". Um show épico! A imagem é bem ruim. São 16 músicas. A tão esperada "Bohemian..." é a 11ª.

Como no outro DVD que tenho, quando a música chega na parte da ópera, um telão é ligado, o palco fica escuro e... um evidente playback entra no lugar dos músicos. Que decepção!

Claro que não seria fácil executá-la ao vivo, mas dá-se um jeito, né? Ridículo.

Enfim... só um desabafo.

domingo, 28 de março de 2010

Astrologia? rsrsrs

Veja o que, por acaso, li sobre pessoas que nascem no dia 11 (hahaha):

Dia 11 – Só gosta de se envolver com assuntos muito importantes. Tem grandes ideais, muitas opções e por isso mesmo nunca sabe o que fazer. Muito nervoso e tenso, suas emoções mudam rapidamente, e parece que tem duas personalidades. Pode considerar os outros e cooperar e de repente mudar suas reações e ficar distante. Tem que aprender a equilibrar o seu lado mental com o emocional.

Será que isto tem sentido??? hahaha... Diz aí...

Os sonhos...

Uma tarde comum, um dia comum. Rodeado por adolescentes diferentes de mim. Alguns amigos, muitos conhecidos. Ninguém como eu.
Um idiota me diz: "ele morreu"! E ri.
Reajo com uma ofensa qualquer. Não é verdade, tenho certeza que não é verdade. Mais uma vez, um sorriso malvado de alguém que, de alguma forma, gostaria de me ferir mas não tinha coragem de me combater. Reajo novamente, ameaço e saio. Será? Não, não pode ser.
Ligo o rádio ouço uma canção: estranho! Muda a estação e outra música. Começo a acreditar! Na terceira rádio seguida que seleciono, novamente uma música. Naquele momento eu tive certeza de que era verdade. O idiota estava certo! Ele havia morrido! Naquela época não tocavam músicas dele no rádio, exceto em algumas raras madrugadas.

No dia 11 de outubro de 1996, eu descobri que haviam sonhos que jamais se realizariam. Naquele dia eu tive, pela primeira vez, a certeza de que eu não podia tudo, que nem tudo dependia de mim e que o mundo não rodava ao meu redor.

As coisas são assim: você vive pensando ser o centro do mundo, vive acreditando que pode mudar tudo a hora que bem entender, que um tempo perdido hoje poderá ser recuperado amanhã. Mas é tudo mentira. Um tempo perdido jamais será recuperado. Tudo o que vc perdeu, jamais recuperará. Se você deixar as coisas passarem, elas nunca voltarão.

Em casa, meu pai, talvez enciumado pela minha tristeza (é, as pessoas sentem ciumes quando você está triste por causa de outra pessoa que não seja ela), rebaixou meus sentimentos, retirou a importância de tudo aquilo pra mim. Falou coisas maldosas. Me lembro de ter dito algo como "estes drogado e gay..." e lembro de eu ter respondido descabidamente mas desesperadamente: "ele me ensina mais do que você; ele é mais importante do que você". É claro que eu nao dizia a verdade, é claro que era uma reação triste contra o desrespeito que estava presenciando.

Comprei todas as revistas que meu dinheiro permitiu. Comprei todos os jornais, gravei todos os programas. Haviam poucas matérias antes da morte, infinitas após. Percebi, neste dia, que a morte era o sucesso, não o talento!

No pior ano da minha vida, fui presenteado com a verdade, nua e crua e eu estava sem ninguém pra me proteger do mundo.

Com o Renato eu aprendi que andaria sozinho por muitos e muitos dias. Que seria solitário quase sempre e que, dificilmente, me sentiria compreendido. Porque o mundo, definitivamente, não é o lugar onde algumas pessoas poderão ser compreendidas pois algumas pessoas não conseguem compreender ou aceitar o mundo onde vivem. Mas eu entendi que existem pessoas como eu por aí.

"De tarde quero descansar, chegar até a praia e ver se o vento ainda está forte e vai
Ser bom subir nas pedras
Sei que faço isto pra esquecer, eu deixo a onda de acertar e o vento vai levando tudo embora..."

Minha revolta, minha fé, minha vontade não mudaram. Só que eu descobri que a morte tira de você as possibilidades que teve e não aproveitou e, muitas e muitas vezes, também tira a possibilidade que não chegou a ter. A ironia disto é que nem sempre somos afetados duramente por decisões que tomamos. às vezes, você não escolhe sofrer!

"Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais."

(Luiz Roberto - 28/03/2010 ~=02:41)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Complemento: itens importantes que esqueci de dizer

1) A minha intenção era correr 6 km;
2) No 2º km, meu joelho começou a doer;
3) No 3º km pensei que era melhor parar, mas resolvi continuar para complementar o que havia planejado (6km);
4) Quando estava para completar os 6 km, resolvi correr um pouco mais pra compensar os metros que "burlei";
5) E fui correndo... Corra Forrest, corra.
6) Uma menina passou por mim e resolvi não parar após a 2ª volta e fui indo...
7) Após o 9º resolvi correr até a lanchonete, mas chegando na lanchonete percebi que havia muita fila e resolvi completar 50 minutos.
8) Ao completar 50 minutos, a lanchonete estava longe pra voltar e uma galera me passou. Continuei com intenção de completar 1 hora de corrida.
9) Faltando cerca de um km para a minha demarcação, um homem de amarelo me passou e abriu. Não haveria problema se uma voz não me perguntasse: "e se aquele cara fosse o Paulo? Você o deixaria à sua frente sem ao menos tentar?"
10) Eis que, mancando parecendo ter problemas físicos, comecei a correr, correr, correr. A dor no joelho era terrível, a respiração acelerada. Uma leve subida e igualei. Faltavam apenas uns 200 metros... acelerei, acelerei, acelerei. =) Cheguei na minha meta, quebrado, sofrendo, mas feliz (e à frente do "Paulo do Ibirapuera"). hahaha

Será que o Joelho vai estragar nossa festa?!?!

Conforme pedido e para ajudar na comunicação...

Hoje dei sequência aos meu treinos para manter um bom tempo e, se possível, baixar na próxima prova de corrida.

Dei 4 voltas no Ibirapuera na pista principal. Teria corrido 12 km se não tivesse usado um atalho nas 4 voltas... rsrsrs... com isto, devo ter corrido por volta de 11 km!

O tempo é relativo: 1 hora!

A parte boa: consegui correr 1 hora depois de tanto tempo parado.
A parte ruim: senti meu joelho antes do 2º km e resolvi forçar até o corpo não aguentar mais de cansaço. Quando parei, mal consegui manter-me de pé, tamanha era a dor!

"O mais importante não é o quanto você bate, mas o quanto apanha e continua"

Esta é a minha idéia. Porque não será por terem mais vontade do que eu que me deixarão para trás. Não na corrida, mas na vida!

Resumo: estou feliz por ter corrido bastante mas preocupado por sentir o mesmo joelho nos últimos dois treinamentos (no primeiro, corri 3 km e tive que parar).

É isto! Dia 21/03/2010 é a data que tanto espero. E que meu joelho não estrague nossa festa e nossa brincadeira!!!

Tamo junto!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre o que esperar...

O que você espera receber é aquilo que você dá?

Porque a história de que você recebe sempre o que dá é parcialmente verdade. Pelo menos a curto prazo. Pode ser que nos 'céus', quando tivermos a visão do todo e não mais do parcial, entendamos como isto funciona e aí sim saberemos que a história é verdadeira.

Aqui na Terra dos pecadores, é fato que nem sempre o malvado recebe coisas ruins tampouco o bom recebe benefícios.

A vida é mais severa do que escreveram em livros...

Pense nisto!

(LRF ~=23:53 01/02/2010)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Socorro

Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada...

Socorro!
Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

Autor: Arnaldo Antunes e Alice Ruiz
Mas podia ter sido escrita por quem escreve neste post... =)
Faço minhas as palavras deste Titã!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Não devemos esquecer da verdade!

Hoje não foi um grande dia! Sabe quando as coisas não parecem funcionar como deveriam? Sabe quando o seu céu é cinza? Às vezes me sinto assim: forasteiro em meu próprio mundo! Como seu eu não pertencesse a este lugar. Isto não é novidade, claro que não.

Cheguei em casa à noite, pouco antes da meia-noite. Beijo minha mãe, presenteio-a com um série em DVD, vou ao meu quarto, ligo o modem e o note. Ligo a tv e sento na minha cama para ler as notícias, eventualmente conversar com alguém (tento alguém que não converso costumeiramente. Sucesso parcial. Acho que a iniciativa foi positiva. De alguma forma, sempre é!). Abro o Globo.com e vejo a seguinte chamada "Adebayor diz que jogadores vão decidir em reunião se jogam a Copa Africana". Adebayor é um jogador de futebol famoso nascido no Togo (país africano). CALMA: esta não é um post sobre futebol. Este é um post muito sério!

Eis que leio a reportagem completa e descubro que a seleção deste país (Togo) viajou com toda sua delegação para Angola (pra quem não sabe, em Angola também se fala português), 5 km após terem ultrapassado a fronteira de Angola o ônibus da delegação foi alvo de... BALAS! Assim, sem motivos, sem possibilidades de defesa, sem motivos de vingança (se é que existem motivos justos de vingança). Simplesmente, algum grupo "estranho" (odeio a palavra terrorista porque os terroristas são sempre os barbudos, morenos ou negros. Nunca vi alguém falando que o Bush é 0um terrorista, tampouco tantos outros branquelos assassinos que governaram potências brancas) atacou o ônibus com tiros, muitos tiros! Cerca de 30 minutos atirando no ônibus. O grupo que assumiu o atentado luta por independencia naquela região de Angola. O que o ônibus de um time de futebol tem a ver com a luta deles? Por que matar aquelas pessoas faria com que eles alcançassem seus objetivos? De que maldita idéia eles chegaram a esta conclusão?

As pessoas estão felizes porque conseguiram comprar um carro novo, porque o Rio sediará uma olimpíadas, porque teremos uma Copa do Mundo em 2014. Estão felizes pois saíram ontem e beijaram 10 meninas desconhecidas que continuam desconhecidas. Estão todos sorrindo pois seus mundos são ótimos! O Boris Casoy vai virar um hit da internet. As pessoas rirão da burrice dele quando deveriam sentir-se enjoadas, enojadas. O 'espetáculo' trágico de Angra chamou a atenção, foi o caso do momento, todo mundo mostrou. Tragédia realmente. Mas esquecem da nossa tragédia diária. Quantas vezes você foi assaltado na sua cidade? Quantas pessoas que amam já estiveram próximo da morte por culpa da violência? Quantas morreram? Boa parte da população não consegue mais sair de casa sem tomar um remédio que as encoragem a fazer isto. O medo tomou conta de gente de bem. E ninguém está se preocupando em cicatrizar as feridas que o medo nos causa, mas todo mundo vende todo seu dinheiro pra inserir dois pedaços de plástico no corpo pra ficar 'vistosa', pra chamar a atenção?!

Quando um branquelo fala que uma classe humilde mas trabalhadora é a pior das classes, ele não está ferindo somente eles, está ferindo a todos que vivem com dificuldades, honestamente, trabalhando muito pra sustentar a si mesmo, sua família. Porra, eu acordo todo dia, enfrento um monte de dilemas, arrisco minha vida pra chegar ao trabalho nesta cidade maluca e um velho babaca se julga capaz e poderoso o suficiente pra julgar alguém. E está todo mundo achando normal?

Um jovem entra num avião pensando em explodir-se com o avião pra... pra que mesmo? Será que ele sabe o que estava planejando? Matar um monte de pessoas por qual motivo? Não gosto e nunca apoiei a idéia americana de conduzir sua política internacional, mas que pqp aquelas pessoas tem que, pagando com suas vidas, arrumaria?!

Hoje eu discuti um assunto estúpido durante meu almoço. A verdade é que as pessoas estão fechadas a idéias que alguém um dia inventou. Ninguém sabe sobre Deus, mas todo mundo acha que sabe definir exatamente o que é a verdade, o que é Deus, o que é a vida, o que é o certo e o errado. Estou cercado de sabe-tudo, estou me sentindo até 'burro' por questionar todas as "verdades absolutas". Minha vida inteira foi montada em cima de questionar aquilo que todos chamam de "verdade". Minha vida é a verdade. A verdade é, portanto, meu único fim. Não existem verdades absolutas. Mas com a discussão, eu percebo que não estão dispostos a identificar que outros pontos de vista podem fazer sentido. Que podem ser inteligente discordar dos outros. Que pode valer a pena abrir os horizontes pra ver além daquilo que nos ensinaram. Será que se o cara do avião se questionou sobre se o que lhe disseram pra fazer era verdadeiramente o melhor a se fazer? Será que o grupo armado que atirou na delegação do Tongo se questionou sobre o resultado daquele atentado? Será que o assaltante que atirou na vítima simplesmente por não ter gostado daqueles olhos azuis pensou se era necessário cometer um assassinato? Será que você pensou se realmente valia a pena gritar "idiota" para um cara que passou o semáforo vermelho?

Estamos limitados à nossa visão momentânea e superficial da vida. Às vezes me canso de mim mesmo quando cometo coisas idiotas, sem sentido, superficial. Outras vezes, penso que não vou durar muito se não mudar meu jeito de ver as coisas. Ninguem quer alguém assim por perto. Ninguém quer alguém que quer fazer tudo certo? Eu devo usar o cartão da minha mãe pra aproveitar o desconto de dois ou três reais na farmácia? Eu devo mentir no meu imposto de Renda pra me dar bem na restituição? Devo ver um dinheiro caindo da calça do homem à minha frente e ficar quieto? Eu devo ficar feliz quando vejo alguém estragando tudo?

E será que eu devo me esforçar pra não deixar uma lágrima cair quando toda a esperança se vai?

Será que você deveria fingir ser feliz pra agradar ao mundo dos falsos sorrisos?

Não sei dizer...

(LRF =~01:12 - 09/01/2010)