quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Hoje é NATAL!

Hoje é Natal e eu nunca consigo entender o que sinto neste dia. Por mais que acredite que seja apenas mais um dia como outro qualquer, que ninguém se tornará melhor hoje do que foi o resto dos dias, que ninguém vai me amar mais que antes, sinto algo estranho, triste.

Talvez porque eu não tenha lembranças de grandes Natais nos últimos anos. Meus Natais sempre foram um pouco tristes. E, como sempre, não gosto de colocar a culpa nos meus pais por isto. Sei lá, acho que o Natal é triste pra mim pois nasci assim, pensativo, esperançoso, quase tolo.

Jesus, sequer nasceu nesta data, como dizem os historiadores e cientistas.

Lembro-me de um Natal que poderia ter sido o melhor Natal de todos: estava ao lado de uma namoradinha que durante tanto tempo havia sonhado. Tinha uns 18 anos e desperdicei tudo como um anjo triste. Deixei-me levar por coisas ruins internas sendo que, tudo o que realmente queria, estava ali, ao meu lado! Alguns meses depois, não estávamos mais juntos. O mundo anda depressa e se você parar pra se entristecer, ele leva as pessoas pra longe de você!

Estes dias estava pensando nisto: numa oportunidade que perdi de ter o melhor Natal da minha lembrança! Talvez tivesse àquela época, motivos suficientes pra não me sentir feliz e achasse que valia a pena sentir esta coisa ruim intensamente. Hoje, estes supostos "motivos suficientes" se perderam na minha cabeçam mas talvez jamais esqueça a oportunidade de me permitir ficar feliz e fazer o dia de alguém também mais feliz!

Pode parecer bobagem mas não é: quantas vezes você desperdiçou um momento potencialmente fantástico ao lado de alguém que faz toda a diferença com coisas momentâneas, pequenas e que o tempo levou embora de suas lembranças pouco tempo depois???

Hoje não acordei feliz. Há tempos não acordo "feliz". Talvez seja um infeliz por natureza. Talvez espere muito da vida, sem perceber que a vida acontece em pequenas coisas não em grandes, em gestos humildes não extravagantes, em sons baixos ao invés de guitarras elétricas, em suspiros e não em gritos, sozinho e não em companhia. Tenho tanto a aprender!

Meu coração me fez pensar em muitas coisas, em muitas pessoas. Meus últimos natais, recebia sempre algumas ligações, mensagens, e-mails. Hoje, ninguém me ligou. Recebi mensagens genéricas (que não fazem qualquer diferença pra mim). Não liguei pra ninguém também. Tampouco escrevi mensagens genéricas (todos sabem que não sou genérico e odeio estas coisas). Se sinto falta disto? Acho que entendo que são momentos. Meu momento é estar sozinho, sem pessoas muito próximas a mim, sem um quase-amor. Não sei viver em paz com um 'quase-amor'. Sou intenso demais pra isto. Pra mim é tudo e mais um pouco. Jamais a metade, jamais quase tudo.

Tive um "presente" de Natal há menos de uma semana. Meu telefone tocou, número desconhecido (sabem que não tenho mais o costume de atender ligações de números que desconheço, certo?) e desta vez, atendi (fugi daquilo que me mata durante tanto tempo e resolvi arriscar justamente quando não deveria) e recebi minha surpresa. Senti medo de sentir alguma coisa "estranha" no peito. Não senti como esperava, graças a Deus, mas não dá pra dizer que foi normal.

Depois de tanto tempo, não estou curado de um vício que me faz tentar livrar de toda a dor que à ela exercida. Rapidamente me veio à mente uma idiotice: "daria certo? Estás livre?" Não... não... não. Pare de pensar isto! Tudo já foi testado, o coração lhe foi entregue. Não há como insistir em algo que simplesmente não dá certo!

Enfim... o Natal...
?
Papai Noel me trouxe surpresas velhas (existe isto?), mas um novo ano está para começar e eu terei a oportunidade de mudar tudo. Mais uma chance! 28 foram desperdiçadas até hoje. Espero não falhar desta vez...

E que o Natal de hoje da minha namoradinha dos 18 anos, seja muito melhor e mais feliz do aquele que perdi ao lado dela.

(LRF 24/12/2009 ~=22:02)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Muitas vezes me surpreendo...

Começaria este texto com "Às vezes as pessoas me surpreendem..." mas percebi que seria completamente indevido. A verdade é que muitas vezes as pessoas me surpreendem. Num primeiro momento, alguns devem pensar "isto é bom". Também pensaria isto se na maioria das vezes esta surpresa não fosse negativa.
O principal de tudo isto não é a quantidade de surpresas, tampouco serem, muitas vezes, ruins e sim o fato de eu continuar me surpreendendo com elas! O que espero? Que o mundo fique bom, honesto, limpo? Que, de repente, comecem a valorizar mais o que está dentro do que está fora, mais aos bons do que aos belos, mais à verdade do que à fantasia, mais ao profundo que ao superficial? Quanta inocência para alguém com alguma inteligência como eu!
Besteira esta inocência com tanta idade, sendo tão crítico. Por outro lado, se já é difícil aceitar tudo acreditando nas pessoas, imagina se parar de acreditar nelas? Deve ser alguma forma de fugir de uma realidade que busco tanto conhecer mas que, talvez, seja melhor conhecer apenas em partes.
Ninguém gosta de se sentir 'amargo', desiludido. É bem mais fácil ver o lado bom das coisas, acreditar que Deus será bonzinho e não somente justo! Mas o fato é que, se acredito num Deus, Ele não é bonzinho tampouco ruim ou sério demais. Pra mim, Ele será apenas justo.
E neste mar de surpresas, pergunto-me: onde estará a inteligência, o amor e àquilo que chamamos de "coração"? Parece-me que hoje (e só posso falar com propriedade daquilo que vivo ou vivi) as relações são baseadas em interesses ou em prazeres imediatos. Será que foi sempre assim? Muitos de nós, pensadores (profissionais ou amadores), costumamos dizer que "os tempos são outros" ou que "hoje as coisas estão ruins", mas questiono a mim mesmo: será que isto é de "HOJE"? Na literatura (e olha que li coisas bem velhinhas como Dante, Goethe, etc) não é incomum encontrar citações à respeito de "uma juventude perdida, sem valores morais ou éticos, sem respeito aos mais velhos, desinteressada". Além de tudo o que a leitura pode nos proporcionar de cultural, desenvolvimento social e crítico, ela é um documento histórico que relata a sociedade de sua época. Parece-me um fato claro que a sociedade, independente de sua época, tecnologia e conhecimento, sempre sentiu a escassez de membros mais complexos e profundos. E que, de modo geral, estes poucos eram mais "infelizes" (por olharem a verdade enquanto os outros vivem numa casca de fingimento), solitários que os outros e que a maioria deles demorou muito tempo até entender suas limitações e sua função no equilíbrio do todo.

Falei acima de "prazeres imediatos" e este é um tema um tanto estranho mas que me incomoda. Será que as pessoas chegaram à conclusão que o único prazer possível entre um homem e uma mulher é o sexo? CLARO que acho FANTÁSTICO, que sinto falta, que faço casualmente também, mas não chega sequer a ser bom este sexo casual, puro e simples, sem conhecimento, sem amor. Homem ama sim. Homem inteligente ama, gosta de conversar, gosta de aprender, gosta de ensinar. Homem pode sim pensar e saber amar. Não somos todos macacos e objetos sexuais. Assim como penso sobre as mulheres (os seres mais inteligentes e fantásticos) que, infelizmente, estão querendo ser 'homens macaco'. É tão idiota a mulher brigar por 'liberdade' e não saber usá-la. Muitos sabem que, se acredito que o mundo pode mudar, só acredito porque as mulheres existem. Pra mim, o mundo só melhora nas mãos de uma mulher!
Parece que acabou a conquista, o olhar, o primeiro contato, a admiração, O beijo!
Agora é; "vamos transar cachorra"... hahaha... eu ouço meus amigos dizendo isto pras mulheres que mal conhecem! E sabe o que me surpreende? ELAS "GOSTAM"!?

Tenho um monte de coisas pra falar. O texto se desviou de um foco inicial, acabei detalhando algumas coisas, mas quem disse que tenho seguir um padrão, certo?

E fico tanto tempo sem escrever que, de repente, vem um monte de coisas e pouco tempo pra escrever.

Vou tentar nao deixar de me expressar tanto tempo.

(LRF 13/12/2009 ~= 23:17)