domingo, 30 de maio de 2010

Eles sempre voltam pra mais um susto... às vezes mais do que uma vez

A vida é irônica...

Não consigo entender o que me faz ter você na minha cabeça depois de tanto tempo. Talvez seja trauma. Algo não assimilado, com certeza.

Algo me incomoda em mim mesmo: o tempo que levo pra aceitar as coisas.

O tempo é algo relativo realmente. Pra mim, o tempo todo, nem sempre parece tempo o suficiente. Gostaria que isto fosse diferente, que fosse capaz de, simplesmente, dar um passo seguinte!

O telefone toca, abaixo os olhos, um nome me assusta. Silencio o aparelho e sigo adiante na estrada, mas dali pra frente, minha cabeça não estaria me nenhum outro local, situação ou pensamento: meu pensamento era sobre o telefonema que, por causa da educação e gentileza, retornarei. Retorno ou não retorno? No fundo, já sei a resposta mas um dilema é sempre 'bom'.

Estaciono o carro, seguro bolsas, aguardo instantes e subo apressado. Dois ou três toques no aparelho que me tortura sempre e um barulho... segundo barulho... terceiro barulho e... "Alô?"

- Oie...

Incrível como algumas pessoas mexem conosco. Sou tão seguro de mim, são soberano, mas ela me faz parecer um menininho tolo. Não, não é amor, é DOR!

Acho que o amor, não causa isto, a dor sim. Como todo animal que, castigado, sente calafrios ou foge de medo, sinto todo um processo quase desesperador. É como antes? Não... mas não é algo 'normal'.

Sua voz é a mesma, talvez mais serena. Seu sofrimento não me dá prazer. Não posso dizer que torci sempre pra que estivesse feliz com as escolhas. Até porque sempre soube que apostou no impossível, mas o impossível às vezes acontece, certo?

O fato é que tudo segue em frente e eu não sigo. Até você seguiu em frente!!! E, pelo que me diz, sofreu muito. Talvez, como me disse, tenha pago por todo o sofrimento que causou, mas e como fico? Será que é pior sofrer ou pior é não sentir nada?

Na verdade, acredito que o pior é não querer se arriscar! Porque isto te livra do óbvio e provável chance de dar errado, mas te impede de sentir o que faz a vida fazer sentido: ESPERANÇA...

Acho que não terei uma noite tão boa... não sei se um dia te verei de verdade. Tudo o que vc acha que eu possa querer lhe dizer, já disse infinitas vezes com a você "imaginária" que me acompanha nas minhas conversas solitárias e incrédulas...

Não há como ter um 'fim' pra este texto... ele precisa, simplesmente acabar! Sem motivos, sem conclusões, sem justificativas. Na vida real, fora dos textos, livros, jornais, a vida acontece assim: sem um fim, sem começo, meio e fim... tudo acaba de repente, pela metade. Um rompimento com os contos...

Luiz Roberto (30/05 ~= 22:30)